A geofísica surgiu pela necessidade de vários setores da sociedade em entender mais sobre o subsolo dos terrenos em que atuam, desde a construção civil, exploração de petróleo, exploração de água subterrânea, mineração, entre outros. São diversos os métodos utilizados e sua escolha depende sempre do que se deseja encontrar, seja minério, petróleo, água e até mesmo contaminantes.
Na geologia ambiental a geofísica é bastante utilizada para mapear e monitorar plumas de contaminações no subsolo e evitar que cheguem até o aquífero e altere a qualidade da água subterrânea. Por exemplo, locais como aterros sanitários, minerações e postos de gasolinas produzem substâncias líquidas que podem infiltrar no solo e percolar até o lençol freático, nesses casos é recomendado que os responsáveis realizem estudos periódicos do subsolo e certifiquem-se de que não está sendo contaminados por efluentes do empreendimento.
Os métodos elétricos são os mais utilizados nesse tipo de serviço, com destaque para a Eletrorresistividade e o GPR (Radar de Penetração no Solo). O GPR é usado para obter seções de alta resolução do solo e das rochas subjacentes, detectar zonas anômalas associadas à presença de contaminantes e localizar materiais enterrados, tais como tanques e utilidades. Para a investigação de contaminantes orgânicos, este método é o que apresenta maior potencialidade de aplicação.
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Contaminação de águas subterrâneas: Como reverter a situação
O método da eletrorresistividade pode ser aplicado para a caracterização do meio físico, bem como para a identificação de anomalias associadas à presença de contaminantes e fontes de contaminação. É o método mais utilizado para detectar vazamento em barragens e bacias de contenção; limites de valas, lixões e aterros; intrusão salina e salinização no solo.
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Esse trabalho de investigação tem como principal objetivo prezar pela vida das pessoas que fazem uso do solo e da água dos rios e dos aquíferos da região, além de evitar punições aplicadas por órgãos ambientais, como multas e até paralisação do empreendimento. Portanto, cabem aos empresários e gestores de projetos que possam de alguma forma contaminar o solo e a água subterrânea da região realizar investigações periódicas e assegurar que seus empreendimentos não coloquem em risco a saúde da população local, e caso algum incidente venha a ocorrer, garantir o controle e monitoramento para minimizar os danos.
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