O sensoriamento remoto (SR) é uma ciência do ramo das geotecnologias cujo objetivo principal é obter informações, à distância da superfície terrestre. Dessa forma, não há a necessidade de contato direto com o objeto alvo. Com isso, permite a realização de inúmeros estudos, observações e análises que permitem englobar regiões localizadas, extensas e remotas.
O princípio básico do SR é a interpretação do resultado da interação entre a matéria e a radiação eletromagnética (REM). Todo e qualquer objeto na superfície terrestre absorve e/ou reflete, parcial ou completamente, determinados comprimentos de onda do espectro eletromagnético (EEM). Nesse sentido, a luz visível, que corresponde a toda a faixa de comprimentos de onda (cores) que o olho humano consegue captar (700 a 400nm), corresponde a apenas uma faixa estreita do EEM. Além de que, é o resultado da interação da luz com a matéria. Por exemplo, um objeto é azul porque reflete apenas o comprimento de onda característico da faixa do azul, enquanto absorve todos os outros).
Sendo assim, usa-se os sensores remotos para captar os comprimentos de onda da radiação eletromagnética refletida pelos objetos da superfície da terra. Dessa forma, acopla-se estes sensores em satélites orbitais, aviões ou VANTs e os classificam como ativos (quando possuem fonte de radiação própria) ou passivos (quando utilizam como fonte a radiação proveniente do sol). A energia incidente é então parcialmente absorvida pelos objetos. Por outro lado, a outra parte é refletida e/ou emitida e captada pelo sensor, que encaminha os dados para a estação de recepção, responsável por analisar, processar e tratar as informações.
Quanto maior a capacidade dos sensores em “enxergar” objetos cada vez menores na superfície, maior é a sua resolução espacial. Da mesma forma, quanto maior a capacidade de distinguir diferentes intervalos do EEM (bandas espectrais) e a menor largura desses intervalos, diz-se que maior é a resolução espectral do sensor. Se um satélite orbital leva mais tempo para revisitar uma dada área imageada, ele terá relativamente uma menor resolução temporal.
A água, o solo, a vegetação, as dinâmicas atmosféricas e climáticas são todos alvos do sensoriamento remoto. Além de que, possuem comportamentos espectrais característicos. Com isso, permite-se inúmeras possibilidades de aplicabilidade em estudos ambientais com os mais diversos objetivos, utilizando produtos de sensores remotos.
Imagens do Sentinel II-A (bandas do visível e IR). Neste caso, úteis na identificação e classificação de culturas de plantio e cobertura vegetal.
Algumas das principais aplicações são:
– Atualização de bases cartográficas
– Mapeamento temático das áreas (geológico, pesquisa mineral, bacias de drenagem, agricultura, uso e ocupação do solo, vegetação etc)
– Planejamento urbano e territorial
– Monitoramento de desmatamento
– Estudo de Impactos Ambientais
Exemplo de como o sensoriamento remoto pode ser utilizado para locação de poços artesianos – Arcangeo
Nos últimos anos, os sensoriamento remoto hiperespectral têm ganhado destaque, garantindo informações mais precisas quando comparado com seu predecessor – o sensoriamento multiespectral. Este consiste na utilização de sensores de altíssima resolução espectral para obtenção de informações ainda mais detalhadas sobre os alvos.
Ou seja, enquanto as imagens dos sensores multiespectrais possuem um número pequeno de bandas (entre 3 a 20), os sensores hiperespectrais trabalham com um maior número de bandas. Sendo assim, fornece um espectro contínuo, de intervalos menores, sendo capazes de prover detalhes da natureza físico-química e propriedades microscópicas dos materiais na superfície, tais como grau de cristalinidade, morfologia, composição química qualitativa e quantitativa.
Comparação da assinatura espectral (curvas de reflectância) de 3 alvos (vegetação, caolinita e concreto) obtidos por espectroradiômetro portátil – um sensor hiperespectral (à esquerda) e pelo Landsat 7 – sensor orbital multiespectral (à direita).
Inúmeras aplicações são possíveis em função dos resultados e sucessos alcançados por essa tecnologia. Assim como, mapeamento de vegetação, avaliação de áreas degradadas, agricultura de precisão, mapeamento geológico e pedológico de detalhe e exploração mineral.
No caso da exploração mineral, existem bibliotecas constituídas com dados da assinatura espectral de grande parte das substâncias minerais existentes. Com isso, é possível identificar remotamente, com grau de precisão, ocorrências minerais e áreas alvo. Contudo, apesar das possibilidades, a maioria dos sensores hiperespectrais é aerotransportada.
Porém, a pequena parcela acoplada em satélites orbitais não disponibiliza seus produtos de forma gratuita (como no caso de alguns sensores multiespectrais) e possui cobertura geográfica restrita. No entanto, o custo-benefício em projetos que optam por adquirir tais produtos é garantido.
Tendo em vista, as inúmeras possibilidades oferecidas, a acurácia e efetividade dos resultados. Além de que, consegue-se a obtenção de uma gama de informações que permitem o avanço dos projetos/tomada de decisões, sem necessidade de ir a campo realizar levantamentos tradicionais (redução de custos e logística).
Agora que você já sabe o que é sensoriamento remoto, chegou a hora de utilizar no seu empreendimento. Na Arcangeo nós temos soluções locação de poços, mineração e ambiental utilizando o sensoriamento remoto! Entre em contato com nossos especialistas clicando aqui e potencialize o seu negócio!
