Cada região possui um contexto geológico característico que possibilitam poços com vazões diferentes. Por isso, o conhecimento geológico e a geofísica são importantes para otimizar a perfuração de um poço.
Navegando pelo vasto mundo da internet, podemos nos deparar com diversos usuários compartilhando suas experiências com a locação e perfuração de poços, estabelecendo comunicação entre si. Dentro dessa comunicação, há aqueles que trocam informações e direcionamentos ao perfurar poços, comparando seus resultados e deparando-se com vazões diferentes em cada caso, e acabam por frustrar-se. O que essas pessoas geralmente não sabem é que não é possível comparar poços em contextos geológicos diferentes para determinar o que é um poço bom ou um poço ruim. A depender da rocha que está sendo perfurada, a vazão tende a ser maior ou menor, e seu tipo será determinante para os custos e os riscos na perfuração e até mesmo para a qualidade química da água.
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Em geral, temos três tipos de terrenos geológicos: cristalino, cárstico e sedimentar. No cristalino, as rochas são maciças e sem poros, porém podem estar fraturadas e são nesses espaços em que se costuma encontrar água. Similar ao cristalino, temos no domínio cárstico também rochas maciças com pouca porosidade, mas que podem conter espaços abertos que chamamos de dolinas, onde ocorre a acumulação de água. Já nas bacias sedimentares, as rochas são porosas, o que significa que existem espaços abertos em suas estruturas. Porém existem rochas sedimentares de diferentes graus de porosidade e de permeabilidade, sendo as de maiores graus as melhores para a captação de água subterrânea. Em tais circunstâncias, os métodos de geofísica aplicada geralmente permitem estabelecer a espessura, a profundidade e a posição de um aquífero.
Por via de regra, poços em bacias sedimentares possuem melhores vazões, menores riscos e melhor qualidade química de água. O ponto negativo desses poços é que são comumente mais caros por necessitarem ser perfurados com uma perfuratriz rotativa, que é um maquinário caro e difícil de deslocar, além da bomba de lama para segurar a parede do poço, do revestimento que deve ser colocado por completo no poço e dos filtros onde há as entradas de água.
Já em terrenos cristalinos os riscos de perfuração de poços secos são consideravelmente maiores, principalmente quando não há o uso da geofísica para realizar a locação. Além disso o volume de água costuma ser de baixa vazão e com baixa qualidade química. Entretanto, são poços mais baratos, chegando a ser até 8x mais barato do que a perfuração em terreno sedimentar.
Estudo geofísico realizado em terreno cristalino
Por fim, temos os poços em ambientes cársticos que são perfurados da mesma forma que os poços no cristalino, e quando feito de maneira correta, costumam ter vazões maiores. O problema desses poços é que os riscos são altos, uma vez que a água está em bolsões subterrâneos e alguns deles possuem ar ao invés de água, o que pode comprometer a perfuração e o maquinário caso a sonda caia em uma dessas bolsas de ar. Além disso, esses poços costumam ter vida útil curta por conta da instabilidade da rocha e pelo grande número de desmoronamento. A qualidade química da água desses poços varia muito e depende principalmente do tempo em que a água ficou acumulada no reservatório absorvendo os sais da rocha.
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Em todos os casos, a Locação Geofísica diminui drasticamente os riscos do projeto. Em complexos cársticos e cristalinos, a geofísica pode auxiliar no rastreamento de zonas de falhas e dolinas, além de definir a profundidade dessas estruturas, fora que nos terrenos carsticos é possível definir os bolsões de ar para evitá-los na hora da perfuração.
Em complexos sedimentares, os métodos geofísicos podem facilitar o processo de subdivisão litológica e a determinação das espessuras totais e espessuras dos leitos individuais, fornecendo ao cliente um projeto do poço com previsão de quantidade e colocação dos filtros e ainda a profundidade final do poço, evitando gastos desnecessários na perfuração.
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