Você foi contratado para um projeto de eletrodos de aterramento para subestações e/ou sistemas de transmissão de corrente contínua de alta voltagem mas ainda não sabe qual a impedância e tensão de passo máximo que deve trabalhar para garantir a segurança do projeto? Não se preocupe! Nesse artigo você vai aprender tudo que precisa sobre o fator determinante para calcular os valores máximos desses fatores: a Resistividade do Solo.
O que é Resistividade do Solo?
A resistividade de solo é uma grandeza que determina o quanto um solo resiste à passagem de corrente elétrica. O valor da resistividade do solo está sujeito a grandes variações, devido à granulometria, umidade, temperatura, profundidade e conteúdo químico.
O solo, do ponto de vista da engenharia elétrica, é o meio onde as correntes elétricas podem fluir, geralmente associadas à operação das redes de energia elétrica ou é o meio em que é enterrado um eletrodo de aterramento. Neste caso, abrangendo todo o volume desse meio eletricamente influenciado pelo sistema de aterramento.
Neste sentido, os solos podem ser classificados como:
a) Solo de baixa-resistividade – ρ < 250 Ωm;
b) Solo de média-resistividade – 250 Ωm < ρ < 1 000 Ωm;
c) Solo de alta-resistividade – ρ > 1 000 Ωm.
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Como medir a Resistividade do Solo?
Apesar de existirem diversas formas, a resistividade do solo geralmente é medida através do arranjo Wenner. Esse arranjo consiste em quatro eletrodos simétricos e alinhados, cravados no solo a pequenas profundidades.
O método é compreendido por 2 eletrodos de corrente (positivo e negativo) e 2 de tensão, que farão a leitura da diferença de potencial (DDP). Por meio dos dois eletrodos de corrente, circula uma corrente I e os dois eletrodos de potencial medem um ∆V no solo por meio de um potenciômetro ou de um voltímetro de alta impedância. A resistividade do solo é dada pela relação ∆V/I, sendo o fator de proporcionalidade uma função do arranjo empregado.
Na maioria das vezes, trabalha-se com aberturas de 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64 metros. A profundidade de investigação não é linear e varia de 20 a 40 metros com a abertura máxima.
Qual o procedimento a seguir?
A norma brasileira que determina as especificações técnicas desse procedimento é a NBR 7117. A aplicabilidade da ABNT NBR 7117, especialmente para instalações de grande porte, requer suporte especializado na área de geofísica em virtude da complexidade dos diferentes métodos de sondagem geoelétrica e também das técnicas de inversão necessárias para a construção de modelos equivalentes de grandes áreas.
Então, para a realização do serviço, é indicado que a empresa contratada siga os seguintes passos em sua metodologia de trabalho:
- Pré-Campo: Definição da quantidade de ensaios necessários para cada área baseado no tamanho delas conforme a NBR 7117/2020.
- Campo: Análise granulométrica in situ do solo e aquisição dos dados geofísicos.
- Pós-Campo: Tratamento e interpretação dos dados obtidos em campo e modelagem geoelétrica das Sondagens Elétricas Verticais
Qual equipamento utilizar?
Quanto aos equipamentos, é possível medir a resistividade do solo através de dois aparelhos: o Eletrorresistívimetro e o Terrômetro. A diferença entre eles é que, enquanto o Eletrorresistívimetro mede a corrente e a DDP para que o profissional calcule a resistividade do solo, o Terrômetro já calcula essa medida automaticamente.
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Cuidados e precauções
O ensaio de resistividade deve ser realizado o mais próximo possível do local onde será instalado o sistema de aterramento ou de acordo com o ponto especificado pelo cliente, caso seja utilizado para outros usos.
Porém, deve ser observado possíveis interferências que podem gerar medidas erradas e acabar dando um resultado diferente da resistividade real do solo.
As quatro interferências que podem causar leituras equivocadas são:
- Interferência elétrica que faz com que o ruído do sinal indesejado entre no medidor.
- Sistemas de aterramento em postes próximos ao local.
- Erro de conexão entre o equipamento e os eletrodos.
- Equipamento estar descalibrado para uso.
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